É fato que toda população hoje passa por processo de transformação. Assim como nossa era está marcada pelo avanço das comunicações a transformação digital passa a ser também um fator contribuinte nesse inevitável processo. Nesses tempos, a tecnologia vem trazer todo um universo de soluções, produtos e serviços que são acessados exclusivamente por aqueles que arvoram em seus entremeios. Pesquisas concluem que mais de 5 bilhões de pessoas utilizam aparelhos celular no planeta (com base de dados de 2019). Essas transformações foram, todavia, potencializadas pelos fatores trágicos causados pela PADEMIA do COVID-19.
A UNESCO estima que quase 1,57 bilhões de alunos (crianças e jovens), em 190 países, foram afetados pelo fechamento de escolas devido à expansão do vírus (UNESCO, 2020). Claramente a situação de distanciamento social promovido pelos protocolos de controle da disseminação do vírus promoveu um incremento e funcionou como alavanca para elevar os índices de acesso a rede.
Se por um lado, era importante utilizar os serviços disponíveis nas vendas na modalidade “delivery” (entrega na sua porta) que tiveram uma expansão extrapolando todos os recordes, tínhamos outros importantes e antigos serviços tão acessados pela maioria das pessoas que necessitaram ser desapegados, momentaneamente, pela possibilidade de evitar estar em aglomeração. Serviços esses tão marcantes para o nosso cotidiano, tão necessários e que, em alguns casos, são considerados até culturais, tais como: fila de bancos, lotéricas, cinemas, shows, ir a escola, …
Esse contexto novo, nessa nova modalidade de ver o mundo teve que ser adaptado e o mundo virtual foi cada vez mais explorado, seja para manter os laços afetivos através de uma rede social, (quem sabe envio ou recebimento de um áudio, vídeo, texto ou foto no WHATSAPP?) ou por necessitar pedir aquela comida que apreciava e que ficava perto do trabalho que passou a ser executado por muitos no, nem tão novo mas necessário, HOME OFFICE.
O fato é que inevitavelmente tivemos que nos transformar e vimos crescer, para muitos um abismo digital que enquanto aproximava uns, afastava outros.
Atravessar a pandemia está sendo um grande desafio. Porém, se o indivíduo consegue fazer assistindo a um bom filme no NETFLIX, ou “maratonando” uma interessante série no AMAZON PRIME, fica mais leve de se atravessar. E a autonomia de poder fazer sozinho e quando quiser o acesso a um produto ou serviço na internet e não ficar mais refém de um netinho, filha ou amigo gozador que só fica dizendo: “olha aqui como é fácil! ”, mas nunca lhe explica como se faz!
Está só em sua casa ou apartamento é uma coisa. Está só conectado nas suas redes sociais a seus parentes, amigos e trabalho, ou quem sabe acessando um curso de violão on-line que você sempre sonhou em fazer e não tinha tempo, ou aprendendo uma nova receita, isso é outra realidade que nos fornece entretenimento, conhecimento, e bem-estar para o corpo e a mente nesses difíceis tempos de PANDEMIA.
Essas ferramentas bem utilizadas podem nos proporcionar a alegria deixada para trás e nos incluir num novo contexto de vida que pode nos facilitar as tarefas corriqueiras como pagar uma fatura do cartão de sua própria casa, produzir conhecimento, e nos reintegrar nos grupos sociais da igreja, condomínio, ou bairro que poderão surgir a partir dessa integração.
Sabemos que é importante conhecer melhor para que não venhamos a deixar brechas para invasão de nossa privacidade, ou sofrermos algum ataque cibernético por pessoas que podem nos causar males também nesse universo digital. Mas se você não se despir do preconceito de que não é para você, de que está ultrapassado, de que é difícil e não se aproximar dessa tecnologia de modo correto seus benefícios e prazeres, além de sua autonomia em realizar tarefas nesse contexto ficarão comprometidas e você verá outros beneficiando-se e uns ficando a margem dessa transformação.
A hora é agora! Não fique de fora! Transforme-se!
REFERÊNCIAS:
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. 2020. Disponível em: <https://pt.unesco.org/news/reabrir-escolas-quando-onde-e-como>. Acesso em: 02 mar. 2022.